Basta. Já chega. Não consigo suportar. Não consigo entender, olhar, falar, avançar. Não consigo suportar esses teus olhares matadores de quem quer, consegue e não tem. Não consigo entender o verdadeiro significado do que é o amor para ti, porque o verdadeiro amor, não é ir para a cama com ele e ficar feliz porque pode responder a questionários enviados por pessoas do sexo oposto, dizendo que já não é virgem, que já teve inúmeras experiências, que tem muita maturidade, que é muito boa aluna. Mas, esquece-se que não é superior, que não é dona do mundo, que não é Deus, não é ninguém para além de um simples miúda com ... mania e experiências que qualquer pessoa pode ter. Não consigo dirigir-te um olhar direito, sem pensar no quão estúpida foste comigo. Não consigo falar contigo, nem que seja para te dizer um simples «olá» ou até para tentar esclarecer esta situação. Não consigo avançar, não quero avançar e sempre que te vejo demasiado perto, afasto-me. Não quero ter qualquer contacto com a tua triste pessoa que um dia me iludiu e me fez acreditar que na vida tudo é possível, basta querermos. Foste um grande apoio, uma grande ajuda, uma família, uma irmã, uma amiga como eu não sabia que existia. Foste tudo naquela triste altura da minha vida. Mas e agora? O que aconteceu, para, de um momento para o outro, deixares-me naquela grande poça de lama, sabendo que eu jamais sairia de lá sem ti? O que te passou pela cabeça para me humilhares daquela maneira? És de expressão? Então eu te digo: sou livre de acção. E foi por isso que abandonei todas as pedras que existiam naquela poça de lama e me fui levantando sozinha, devagarinho, para que, se voltasse a cair na mesma, a queda não fosse tão grande. Não, ainda não me encontro nem fora dela nem em pé. Encontro-me de joelhos, preparando-me para dar o último passo e sair a correr, correr atrás de uma nova vida, em que eu me esqueça que tu existis-te na anterior. « xau, miga »
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