E quando a onda chegar, eu serei a primeira a embarcar. Infelizmente, nunca ninguém disse que a vida era fácil e que se conseguiam grandes coisas com pequenos esforços, mas na verdade, também nunca ninguém disse que as coisas poderiam ser tão dolorosas. Sinceramente, só me consigo visionar no meio de mil e uma questões às quais não sei responder. Na minha cabeça, tudo se transformou numa gigantesca nuvem cinzenta prestes a rebentar e eu, sem querer que isso aconteça, tento afastar o meu pensamento e quanto mais penso que está a funcionar, é quando mais me dá a sensação de que vai mesmo rebentar. Não compreendo e cada vez que tenho oportunidade, só pergunto o porque... O porque de a felicidade não me ter escolhido a mim...
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Ñãõ é õ fîm dô mûndõ
Lá fora estava escuro, borriçava constantemente, até diziam que a chuva era de "molha parvos". Cá dentro o ambiente estava pesado, haviam gritos por todo o lado e atrás desses gritos, vinha medo, fúria, exaltação. Baixei a cabeça, agarrando-a com as duas mãos. De seguida, fechei os olhos e tentei afastar o meu pensamento, mas nele só passavam gritos de horror, cada vez mais altos. Era como se o mundo fosse acabar naquele preciso momento e estivessem todos a exprimir o que deixaram por exprimir. Até eu começava a ficar com medo, não deles, mas dos seus gritos. Só me apetecia levantar-me daquela cadeira na qual permanecia sentada já à alguns minutos e começar também a gritar, mas não era um grito qualquer, era um grito definitivo. Um grito que os fizesse entender que não era o fim do mundo, era apenas um contra-tempo e sobretudo, que ainda têm muito para viver, para descobrir, para fazer, para sentir.
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